A
VALIDADE DA MECÂNICA DE NEWTON E A VELOCIDADE DOS CORPOS
As
aplicações da Mecânica Newtoniana, coroadas de êxito no estudo de um grande
número de fenômenos, fizeram com que as leis básicas lançadas por Newton
prevalecessem durante cerca de 200 anos.
Entretanto,
no final do século XIX, os cientistas começaram a encontrar algumas situações
que não podiam ser descritas adequadamente através das leis de Newton, isto é, a Mecânica Clássica , ao ser
usada para explicar o comportamento de certos corpos em movimento, fornecia
resultados em desacordo com as observações experimentais. Foi verificado que
isto ocorria sempre que os corpos se moviam com velocidades muito grandes. Mais
precisamente, das falhas de Mecânica Clássica começavam a ser percebidas quando
estas velocidades atingiam cerca de 10% da velocidade da luz, tornando-se mais
acentuada à medida que as velocidades aumentavam.
A
velocidade da luz é usualmente representada por c e seu valor é muito elevado ( c
= 3 x108 m/s= 300 000 km/s). Então, como os corpos com os quais
lidamos habitualmente ( pedra, automóvel, avião a jato etc.) sempre se movem
com velocidades muitas vezes inferior a
10% de c , as leis de Newton podem
ser usadas, sem nenhuma preocupação , para descrever os movimentos destes
corpos. Mesmo para o cálculo das órbitas e dos lançamentos dos modernos e
velozes foguetes e satélites, as leis de Newton são usadas com pleno êxito.
Observa-se,
entretanto, que partículas atômicas ( elétrons, prótons etc.) podem atingir
velocidades muito elevadas, chegando a alcançar até 99 % da velocidade da luz.
Nestes casos, a Mecânica Clássica mostra-se totalmente inadequada para descreve
o comportamento da partícula.
Fonte: Luiz,Antônio Máximo Ribeiro
da,Beatriz Alvarenga Álvares, Física 1 vol 1- São Paulo;Scpione,2006
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