Translate

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

AS PRINCIPAIS DESCOBERTAS NO CAMPO DA ELETRICIDADE



FORÇA ELÉTRICA E FORÇA MAGNÉTICA

            Como dissemos no início deste, o efeito âmbar, isto é , a propriedade de atrair corpos leves que o âmbar adquiri ao ser atritado, já era conhecida  há mais de 2 000 anos. Praticamente na mesma na mesma época observou-se também que certas pedras – os imãs naturais – atraíam pedaços de ferro.
            Durante muito tempo julgou-se que estes dois fenômenos eram de mesma natureza, ou seja, acreditou-se que ambos eram devidos a uma mesma propriedade dos corpos materiais. Ainda na Antiguidade, entretanto, percebeu-se uma grande diferença entre estes fenômenos: âmbar atritado exercia sua atração sobre vários ouros corpos, enquanto o imã só atraía pedaços de ferro. Portanto, estas atrações não deveriam ser confundidas entre se, pois correspondiam a fenômenos diferentes. Em nossa linguagem atual, esta verificação é traduzida dizendo-se que o âmbar atritado exerce uma força elétrica e o imã exerce uma  força magnética.
            Vamos, a seguir, mostrar de maneira sucinta como evoluiu historicamente o estudo dos fenômenos relacionados com o efeito âmbar, isto é. O estudo dos fenômenos elétricos.


IDEIAS INICIAIS SOBRE A ORIGEM DA FORÇA ELÉTRICA

            Em todas as referências aos fenômenos elétricos feitos pelos filósofos da Antiguidade, encontramos sempre uma tentativa de explicação da origem das forças elétricas. Estas explicações apresentavam as mais diversas formas, sendo algumas teológicas e até mesmo psíquicas. Muitos filósofos atribuíam a atração a uma  simpatia  entre os corpos que se  atraíam e outros acreditavam que os corpos atraídos serviam de alimentos para o âmbar.
            Outra explicação das atrações elétrica, muito divulgada na Antiguidade, apresentava um caráter mecânico ( ou material). Os defensores desta hipótese julgavam que o âmbar atritado emitia uma substância invisível, à qual denominavam eflúvio. Esta substância estabeleceria um contato material entre o âmbar e um objeto próximo, provocando sua atração.
            Durante a Idade Média, predominou a antiga hipótese de que a atração era devido a uma simpatia entre os corpos. Entretanto, a i possibilidade de explicar vários fenômenos elétricos a partir desta ideia fez com que os cientistas do Renascimento ( sec. XV e XVI) voltassem sua atenção para a hipótese matéria do eflúvio.


GILBERT PUBLICA O DE MAGNETE

            No século XVI, o médico inglês W. Gilbert desenvolveu um estudo detalhado sobre os fenômenos elétricos e magnéticos publicando, em        1 600, um extenso tratado denominado  De magnete, no qual apresentava os resultado de suas observações, Um dos capítulo desta obra era dedicado exclusivamente ao  efeito âmbar.
            Gilbert conseguia detectar a existência de forças elétricas muito pequenas usando um aparelho que ele inventou e ao qual denominou  versorium. Este aparelho consistia em uma seta de madeira suspensa em um suporte vertical em torno do qual ela podia girar livremente.
            Se a seta girasse quando um corpo atritado era aproximado de sua extremidade, concluía-se que o corpo estava apresentando o  efeito âmbar ( estava eletrizado). Como o versorium  era um aparelho muito sensível , Gilbert conseguiu verificar que um grande número de substancias atritada adquiria aquela propriedade, e não apenas o âmbar, como se acreditava até então. Ele descreve esta descoberta no De magnete  da seguinte mineira:
            “ Pois não é apenas o âmbar, como eles supõem, que atrai pequenos corpos, mas também o diamante, a safira , a opala, ametista, o cristal etc. Estas substâncias atraem todas as coisas, não somente penas e limalhas, mas todos os metais, madeira, pedra, terra e também a água e o azeite e tudo o que está sujeito a nossos sentidos e é sólido...”
            Para explicar a tração exercida por todas aquelas substâncias, Gilbert adotou a hipótese  eflúvio, rejeitando veementemente a ideia da simpatia entre os corpos que se atraíam.
            Apesar do grande número de cuidadosas experiências realizadas por Gilbert, ele não chegou a observar a existência da repulsão entre dois corpos eletrizados. Como sabemos, quando um corpo leve é atraído por um objeto atritado, após tocar este objeto o corpo é repelido por ele. Este fenômeno só foi descoberto, pela primeira vez, alguns anos após a morte de Gilbert, pelo jesuíta italiano Nicolo  Cabeo. Em virtude desta descoberta, a teoria do eflúvio teve de sofrer modificações, pois ela não era capaz de explicar o fenômeno da repulsão elétrica.

CONDUTORES E ISOLANTES

            Após a publicação dos trabalhos de Gilbert, durante todo o século XVII vários cientistas preocuparam-se em realizar experiências com corpos eletrizados, usando preferencialmente tubos e esferas de vidro, material este que se mostrou bastante adequado para este tipo de experiências. No início do século XVIII, alguns experimentadores perceberam que era possível eletrizar um corpo ligando-o, por meio de um fio, a um  outro corpo que tivesse adquirido eletricidade por atrito. O cientista francês François Dufay , analisando estas experiências, concluiu que a intensidade da eletricidade do corpo por meio da ligação dependia do material de que era feito o fio. Ele chegou, então, à conclusão de que certas substâncias   conduziam  bem a eletricidade, enquanto  outras não o faziam. Desta mineira, estavam sendo estabelecidos os conceitos  corpos condutores e corpos isolantes,  tais como os conhecimentos atualmente.

EXISTEM DOIS  TIPOS DE ELETRICIDADE

            Prosseguindo com o estudo da repulsão elétrica, que Cabeo  havia iniciado, Dufay procurou dar uma explicação para o fenômeno. Ele supunha que um corpo atraído por outro eletrizado era repelido depois de tocá-lo porque se tornava também eletrizado. Concluiu, então que dois corpos eletrizados sempre se repelem. Entretanto, esta ideia inicial de Dufay teve de ser modificada, pois ele mesmo observou, mais tarde, que um pedaço de vidro atritado com seda atraía um pedaço de âmbar atritado com pele, isto é, dois corpos eletrizados podiam se atrair. Baseando-se em um grande número de experiência, Dufay  lançou , então, as bases de uma nova hipótese que teve grande aceitação durante todo o século XVIII. Segundo ele, existiam dois tipos de eletricidade: eletricidade vítrea, aquela que aparece em um pedaço de vidro atritado com seda, e eletricidade resinosa, aquela que aparece no âmbar atritado com pele ( o termo resinosa  foi usado por ser o âmbar uma resina) repeliam uns aos outros, Por outro lado, corpo com eletricidade de nomes contrários atraíam-se mutuamente.


           
A TEORIA DOS DOIS FLUIDOS ELÉTRICOS
            Para explica que fluidos e estes dois tipos de eletrização eram observados, lançou-se também a ideia da existência de dois fluidos elétricos : um fluido vítrea e um fluido resinoso.  Em um corpo normal, não eletrizado, estes dois fluidos apresentavam-se misturados em igual quantidade, Ao atritar, por exemplo, o vidro com a seda, havia passagem, em igual quantidade, de fluido vítreo da seda para o vidro e de fluido resinoso do vidro para a seda.
            Assim, o vidro apresentava-se com eletricidade vítrea porque passou a ter um excesso de fluido vítreo, que passou a ter um excesso de fluido resinoso, apresentava-se com eletricidade resinosa.
            Portanto, de acordo com estas ideias, a eletricidade não criada quando um corpo em atritado, Os fluidos elétricos já existiam nos corpos e havia apenas uma redistribuição destes fluidos quando os corpos eram atritados. Esta teoria passou a ser conhecida com o nome de  teoria dos dois fluidos  e com ela era possível explicar todos os fenômenos elétricos conhecidos na época.


A TEORIA DO FLUIDO ÚNICO DE BENJAMIM FRANKLIN

            No decorrer do século XVIII, as experiência com corpos eletrizados tornaram-se muito populares e eram realizadas em praças públicas, mesmo por pessoas leigas, apresentando resultados espetaculares que atraíam a atenção de um grande público. Foi ao assistir a um desses espetáculos  que o cientista americano Benjamin Franklin se interessou pelo estudo dos fenômenos elétricos . Este cientista  realizou um número muito grande de experiências que contribuíram significativamente para o desenvolvimento da eletricidade.
Uma importante contribuição de Franklin, apresentada na mesma época em que a teoria dos dois fluidos  era amplamente divulgado na Europa, foi a formulação de uma outro hipótese, denominada  teoria do fluido único.  De acordo com esta teoria os corpos não eletrizados possuíam uma quantidade normal  de um certo fluido elétrico. Quando um corpo era atritado com outro, um deles perdia parte de seu fluido, que era transferida para o outro, Como Franklin não conhecia a terminologia usada por Dufay, ele criou sua própria nomenclatura, dizendo que o corpo que recebia ficava eletrizado  negativamente . Esta terminologia, como sabemos , é até hoje e corresponde, respectivamente, ao termos  eletricidade vítrea e eletricidade resinosa, usados por Dufay.


AS TEORIAS DOS FLUIDOS E AS IDÉIAS MODERNAS DE ELETRIZAÇÃO

            Do mesmo modo que na teoria dos dois fluidos, a teoria de Franklin previa a conservação da carga elétrica, isto é. A eletricidade não é não é nem criada nem destruída no processo de eletrização: ela já existe nos corpos e simplesmente se redistribui entre eles quando são atritados. Estas duas teorias da eletrização mostraram-se igualmente satisfatórias para explicar os fenômenos elétricos conhecidos na época (  séc. XVIII). Deste modo não foi possível optar por uma delas e os cientistas usavam ora uma, ora outra, de acordo com suas conveniências.
            É interessante observar que a teoria dos dois fluidos está mais próxima das ideias modernas no que se refere à constituição elétrica da matéria. De fato, sabemos atualmente que existem dois tipos de cargas elétricas nas partículas que constituem um corpo material. Entretanto, a teoria do fluido único de Franklin está mais de acordo com os conhecimentos atuais na explicação do processo de eletrização por atrito, Realmente, de acordo com as teorias modernas, apenas um tipo de cargas elétrico transfere-se de um corpo para outro quando eles são atritados. Deve-se destacar, porém, que, segundo Franklin, a carga transferida durante o atrito era a carga positiva ( pela transferência do fluido único).enquanto que, de acordo com as ideias modernas , são os elétrons que se transferem de um corpo para outro e sabemos que eles transportam carga negativa.

AS EXPERIENCIAS DE COULOMB COM A BALANÇA DE TORÇÃO

            Até a época dos trabalhos de Franklin e Dufay (meados do século XVIII) apenas os aspectos qualitativos dos fenômenos elétricos tinham sido abordados. Os cientistas sentiam que, para o progresso dos estudos relacionados com a eletricidade, era necessário estabelecer relações quantitativas  entre as grandezas envolvidas naqueles fenômenos.
Em particular, houve uma preocupação em relacionar quantitativamente a força elétrica,  F, entre dois corpos, com a distancia, r, entre eles. Percebendo que havia uma certa semelhança entre a atração elétrica e a atração gravitacional ( cujo estudo já havia sido desenvolvido por Newton), alguns físicos, no final só século XVIII, lançaram o hipótese de que a força elétrica poderia, também variar com o inverso do quadrado da distância entre os corpos, isto é,  F α 1/r2 . Entretanto, era necessário que fossem realizadas medidas cuidadosas para verificar se esta hipótese era verdadeira .
            Entre os diversos trabalhos que foram desenvolvidos pelos cientistas  com este objetivo, destacam-se as experiências realizadas por Coulomb que, em 1785, apresentou à Academia de Ciências da França um relatório de seus trabalhos. Coulomb construiu um aparelho, denominado balança de torção , com o qual ele podia medir diretamente as forças de tração e repulsão entre corpos eletrizados, feito pelo próprio Coulomb no relatório  enviado à Academia de Ciências . Duas esferas estão equilibradas nas extremidades de uma haste horizontal, suspensa por um fio. A esfera  a está eletrizada e uma esfera b,  também suspensa por um fio. A esfera a está eletrizada e uma esfera b , também  eletrizada, é aproximada de  a . Em virtude da força elétrica que se manifesta entre a e b , a haste gira, provocando uma torção no fio. Medindo o ângulo de torção do fio, Coulomb conseguia determinar  o valor da força entre as esferas. Uma balança semelhante a esta foi usada, aproximadamente na mesma época, por  Cavendish, para comprovar a lei de Gravidade Universal e para medir o valor da constante  de gravitação  G. As balanças de torça permitem realizar medidas de alta precisão . Com sua balança Coulomb conseguia mediar força de até 10 -8 N  !

OS RESULTADOS OBTIDOS POR COULOMB

            Realizando medidas com as esferas separadas por diversas distâncias, Coulomb verificou que, realmente, a força elétrica era inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas, Além disso, ele concluiu também que esta força era proporcional ao produto das cargas elétricas das esferas, chegando,  assim, à expressão definitiva da lei que leva seu nome, Este fato se revestiu de grande importância , uma vez que a lei Coulomb foi a primeira lei fundamental estabelecida no campo da Eletricidade. No decorrer dos séculos XIX e XX, um grande número de novos fenômenos elétricos foi estudado e novas leis foram estabelecidas, provocando um notável progresso desta área da ciência. Vários desses fenômenos e, algumas destas leis, que são também fundamentais no estudo da Eletricidade.



Fonte: Luiz, Antônio Máximo Ribeiro da, Beatriz Alvarenga Álvares, Física  vol 3- São Paulo;Scpione,2006

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

INTERPRETAÇÃO MICROSCÓPICA DA CONSTANTE DIELÉTRICA DE UM MEIO



Acabamos de ver que a força elétrica entre duas cargas, colocadas no vácuo, sofre uma redução quando essas cargas são mergulhadas em um meio material. A constante dielétrica do meio K, representa o fator de redução da força. Vamos apresentar, aqui, um modelo microscópico que nos permite entender por observação esta redução. Em outras palavras, vamos procurar interpretá-la analisando as alterações que ocorrem nos átomos ou moléculas A e B, situadas no vácuo, carregadas eletricamente com cargas iguais e de sinais contrários. Colocando-se uma carga q entre essas placas, uma força F0 atua sobre ela, em virtude das cargas nas placas.
            Supondo, agora, que estas placas tenham sido mergulhadas em um meio dielétrico ficará polarizada. As moléculas deste meio estarão, então, orientadas e alinhadas. Em virtude desta polarização, a superfície do dielétrico próxima ás placa A e B ficarão eletrizadas. As cargas que aprecem nas superfícies do dielétrico são denominadas cargas de polarização.    
            Pode-se perceber que a carga q, colocada entre as placas, ficará sob a ação de duas forças :  a força  F0 , devida às cargas nas placas A e B, e a força Fp de sentido contrário a F0 , devido ás cargas de polarização. Então. A força elétrica F  que estará atuando sobre a carga q  será a resultante de F0 e Fp .  Seu módulo será, evidentemente,

                                               F = F0 – Fp     logo      F < F0

            Portanto, a força elétrica, F , sobre a carga q, é  menor do que o valor F0  no vácuo, em virtude do aparecimento das cargas de polarização que dão origem á força Fp ( de sentido sempre contrário a Fo). Para qualquer dielétrico, verifica-se que o valor das cargas de polarização é sempre inferior ao valor das cargas responsáveis pela polarização é sempre inferior ao valor das cargas responsáveis pela polarização ( cargas nas placas). Consequentemente, tem-se Fp < Fo,  e a força F  nunca se anulará.  Além disso, quanto maior for o grau de orientação e alinhamento apresentado pelo dielétrico ( maior polarização), maior será o valor de  Fp e, portanto, menor será o valor de F.
            Como a constante dielétrica é dada por  K = F0 /F,  pode-se concluir que K é uma característica do meio tal que, quanto maior for o seu valor, maior o grau de polarização que ele adquire na presença de cargas elétricas.
            Em resumo, a constante dielétrica  K  mede uma característica microscópica de um meio material – sua propriedade se apresentar um maior ou menor grau de polarização.
            Esta análise foi feita para a situação particular. Entretanto, pode-se mostrar que é geral, aplicando-se a qualquer situação.
Por exemplo, Fo representa a força com que  cargas pontuais, Q1 e Q2, se repelem no vácuo. Se estas cargas forem mergulhadas me um dielétrico, ele se polariza e as cargas de polarização  darão origem à forças  Fp, contrária a F0 . A força elétrica que atua em cada carga passa, então, a ter uma valor F < F0, dado por  F = F0/K

           

Fonte: Luiz, Antônio Máximo Ribeiro da, Beatriz Alvarenga Álvares, Física  vol 3- São Paulo;Scpione,2006

CHARLES AUGUSTIN DE COULOMB ( 1736-1806) E A LEI DE COULOMB



CHARLES AUGUSTIN DE COULOMB ( 1736-1806)
            Nasceu em Angoulência, na França, e è conhecido principalmente pela formulação de lei que traz o seu nome. Como engenheiro militar, Coulomb trabalhou durante nove anos na Índia, retornando á França dedicou-se às pesquisas cientificas , tendo inventado a balança de Coulomb, dispositivo que lhe permitiu medir as forças elétrica com enorme precisão, levando-o a estabelecer sua celebre lei, Coulomb desenvolveu pesquisas também em outros campos: sobre o atrito elétrica no Sistema Internacional recebeu o nome de Coulomb em sua homenagem.  

LEI DE COULOMB
            Duas cargas pontuais, Q1 e Q2, separadas por uma distancia r, situadas no vácuo , se atraem ou se repelem com uma forças F dada por
                        /r2
                                                               K0 = 9,0 X 10 9 N.m./C2
            Se estas cargas forem mergulhadas em um meio material, o valor das forças entre elas torna-se K vez menor, onde K é a constante dielétrica deste meio.
                                                                             
                       
Fonte: Luiz, Antônio Máximo Ribeiro da, Beatriz Alvarenga Álvares, Física  vol 3- São Paulo;Scpione,2006

                        

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

AS FORÇAS QUE MANTÉM LIGADAS AS PARTÍCULAS DE UM CORPO


Sabendo que é necessário exercer forças para quebrar um objeto sólido qualquer, como, por exemplo, para dividir o lápis. Portanto, devem existir forças de atração que unem as partes que estão de um lado e do outro AB. Oposto ao objeto, exemplo aqui o lápis. Essas forças teriam origem elétrica ou gravitacional?
            Já sabemos, do nosso estudo de Gravitação Universal, que a força gravitacional entre dois objetos de “tamanho comum” (duas pedras, duas pessoas etc.) é extremamente pequena. Então, estas forças não poderia ser responsável pela ligação tão forte existente entre as duas partes do lápis que tentamos quebrar . Na realidade, os cientistas, ao estudarem essas ligações, chegaram à conclusão de que elas são devidas às forças elétricas que se manifestam entre as partículas do corpo. No caso do lápis, portanto, as forças representadas, são forças elétricas que existem entre as partículas situadas de um lado e de outro da linha AB. Estas partículas, que fazem parte da estrutura atômica-molecular do material de que é feito o lápis, são eletrizadas.
            De maneira semelhante, as forças que matem unidas as diversas partes do nosso corpo são, também, de origem elétrica. Esta ideia é ainda válida para as forças de ligação entre as partículas constituintes de todos os objetos que nos rodeiam ( de “ tamanha comum”), como as da paredes de uma casa, um cabo de aço, os diversos tipos de cola etc.
            Se consideremos corpos de massa cada vez maior, as forças gravitacionais entre as diversas partes do corpo vão se superpondo, tornando-se, então, cada vez mais intensas, Para certo valor da massa do corpo, elas se tornam tão importantes para manter a ligação quanto as forças elétricas. Estas situação ocorre para corpos de dimensões próximas de um pequeno asteroídes  ( cerca de 100 km de diâmetro).
            Para corpos de dimensões ainda maiores, como um planeta ou uma estrela, há predominância absoluta das forças gravitacionais que mantêm a sua coesão ( a colaboração das forças elétricas para coesão é desprezível) . É em virtude da predominância ora da força elétricas, ora da força gravitacional, que um corpo sólido de tamanho comum pode ter uma forma qualquer, enquanto um grande corpo celeste tende a tomar sempre uma forma esférica.

Fonte: Luiz, Antônio Máximo Ribeiro da, Beatriz Alvarenga Álvares, Física  vol 3- São Paulo;Scpione,2006

ELETRIZAÇÃO



ELETRIZAÇÃO
Thales de Mileto( 580 – 546 a.C)
            Filósofo grego, conhecido por suas teorias cosmológicas baseadas na hipótese de ser aa agua o constituinte de toda a matéria existente no universo. Não há escritos sobre a vida de Thales, sendo, portanto, difícil o conhecimento de usa obra. O historiador grego Heródoto fala sobre os trabalhos de Thales no campo da Geometria, que ele apresentou com os egípcios, creditando-lhe a demonstração de cinco teoremas. Aristóteles, em seus escritos, atribui a Thales a afirmação de que o imã e o âmbar possuíam alma, porque podiam atrair coisas, isto é. Thales afirmava que até os objetos inanimados possuíam vida.

William Gilbert ( 1544-1603)
            Nasceu em Essex, tornando-se o cientista de maior projeção na Inglaterra durante o reinado de Elizabeth I. Embora tenha estudado Medicina, tronando-se um médico de renome, seu trabalho mais importante está transcrito na obra publicada em 1600. De magnete, magneticisque corporibus et de mogno magnete tellure  isto é, sobre os imãs, os corpos magnéticos e o grande imã terrestre. Nessa obra de  Gilbert, publicada após vários anos de experiências, ele apresenta suas teorias os corpos magnéticos e as atrações elétricas. Ele foi o primeiro a usar os termos atração elétrica, força elétrica e pólo do imã. Muitos historiadores consideram Gilbert como o pai do estudo da Eletricidade.

Benjamin Franklin (1706-1790)
            Um dos homens mais conhecidos e admirados na segunda metade do século XVIII nos Estados Unidos. Nascido em Boston, Franklin teve uma infância difícil e aos 12 anos já trabalhava  como impressor. Mais tarde tornou-se do da ciência. Embora tenha se dedicado a estas atividades durante pouco tempo, pois logo passou a se preocupar com a política, deve-se a Franklin a invenção de vários aparelhos, entre eles o para-raios. Em sua carreira politica. Franklin teve oportunidade de lutar na guerra da Independência das Colônias Americanas ( Estados Unidos) contra Inglaterra, tornando-se um  verdadeiro herói nacional.



segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

O EFEITO DOPPLER


O que é o efeito Doppler

            Considere uma pessoa nas proximidades de um automóvel parado, cuja buzina está emitindo um som de frequência ƒ0. Esta pessoa, estando também em repouso, perceberá um som de certa altura, caracterizado pelo frequência ƒ0 . Em outras palavras, o número de cristas, por exemplo, por segundo, que chegam ao ouvido da pessoa é igual a ƒ0.
            Supondo, agora, que a pessoa passe a se movimentar em direção ao automóvel, que continua parado e buzinando. É claro que, nestas condições, o número de cristas que irão chegar ao ouvido da pessoa, por segundo, será maior que ƒ0. Então, a pessoa percebe um som de frequência maior do que ƒ0, isto é, ela terá sensação de que o som da buzina tornou-se mais agudo.
            C.Doppler( 1803-1853)
            Físico austríaco que estudou e descreveu o efeito que leva seu nome. Foi educado no Instituto de Física e professor de Física Experimental na Universidade de Viena. Escreveu seus primeiros trabalhos no campo da Matemática, mas, em 1842, publicou uma obra, intitulada Sobre as cores da luz emitida pelas estrelas duplas, na qual ele apresenta os fundamentos do efeito Doppler, tanto com o som quanto com a luz.
            Naturalmente, se a pessoa estivesse se afastando do automóvel, o número de cristas que iria chegar ao seu ouvido, por segundo, seria menor do que  ƒ0 e, assim, a pessoa perceberia um som mais grave ( frequência menor). Esta variação da frequência de um onda, causada pelo movimento do observador ( ou da fonte, como veremos a seguir) foi analisada, no século passado, pelo físico austríaco Christian Doppler e, por isso este fenômeno é denominado efeito doppler. Você poderá constatar este efeito  quando estiver em um automóvel em movimento, aproximando-se  e em seguida afastando-se de uma fonte sonora ( uma sirene , por exemplo).

FONTE EM MOVIMENTO E OBSERVADOR EM REPOUSO
            O efeito Doppler pode  também ser causado pelo movimento da fonte que emite a onda sonora, enquanto o observador permanece em repouso. No caso, por exemplo, de um automóvel  buzinando e em movimento, as cristas da onda sonora que ele emite tornam-se mais próximas umas das outras à frente do automóvel  e mais separadas na região situada atrás do carro.
            Concluímos, então que se um observador se encontrar à frente do automóvel, ele receberá uma onda sonora de menor comprimento de onda ( maior frequência) , isto é, um som mais agudo, è claro que um observador situado atrás do automóvel receberá uma onda sonora de maior comprimento de onda e , portanto, um som mais grave ( menor frequência).

O EFEITO DOPPLER OCORRE TAMBÉM COM A LUZ

            É possível observar o efeito Doppler não apenas o som, mas também com qualquer outro tipo de onda.
            É de esperara, então que o efeito Doppler possa ser observado com  a luz que, como  sabemos, é também um movimento ondulatório. Nesse caso, o efeito Doppler , consistindo em uma variação de frequência, se manifestaria como uma mudança na cor da luz recebida pelo observador. Por exemplo: se uma pessoa se movimentar em direção a um sinal  de transito que está vermelho, ela irá receber uma onda luminosa de frequência maior do que se estivesse parada. Em princípio, se a pessoa pudesse desenvolver velocidades muito grandes, ela poderia até mesmo ter a impressão de que o sinal estivesse verde ( lembre-se de que a frequência da luz verde é maior do que a da luz vermelha). Entretanto, a efeito Doppler com a luz é muito difícil de percebido, porque, para isto, seria necessário que o observador, ou a fonte, estivesse se movendo com velocidades comparáveis à velocidade da luz. Assim, mesmo que uma pessoa estivesse no interior de u foguete, dos mais velozes existentes na atualidade, seria impossível que ela enxergasse com cor verde um sinal luminoso vermelho.

A EXPANSÃO DO UNIVERSO

            Em  certas observações astronômicas, os cientistas encontraram uma das mais notáveis situações na qual foi possível detectar o efeito Doppler com a luz.
            Analisando o espectro da luz emitida pelas estrelas, os astrônomos  conseguem identificar as substancias que fazem parte da constituição destas estrelas. Entretanto, ao analisar os espectros da luz proveniente de estrelas situadas em galáxias distantes, emitida por  uma dada substancias , eles verificaram que sua frequência era menor do que a frequência emitida pela mesma substancia aqui na Terra. Concluíram que esta variação de frequência só poderia ser causada pelo efeito Doppler, Uma vez que era constatada uma diminuição na frequência, a fonte de luz, isto é, a galáxia, devia estar se afastando de nós.
Como este fenômeno foi observado para qualquer galáxia, os cientistas concluíram  que “ o Universo está em expansão “, isto é, as galáxias estão se afastando de nós ( ou melhor umas das outras) com velocidades muito grande sendo estas velocidades tanto maiores  quanto mais distantes elas encontrarem.
Fonte: Luiz,  Antônio Máximo Ribeiro , Da.  Beatriz Alvarenga Álvares, Física 1 vol 2- São Paulo; Scpione,2006