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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ENTROPIA – INDISPONIBILIDADE DA ENERGIA

Entropia – Indisponibilidade da energia.

Irreversibilidade e desordem em um processo natural

            Suponha que certa massa de água seja misturada com uma porção de água fria. Como sabemos, este sistema, resultante da mistura, termina por alcançar uma temperatura de equilíbrio, que tem o mesmo valor em qualquer ponto sistema.

            Evidentemente, antes de se efetuada a mistura, teria sido possível fazer uma máquina térmica operar usando as massas de água mencionadas como fonte quente e fria desta máquina. Isto é , a energia que foi transferida da massa quente para a fria poderia ter sido usada para a a realização de um trabalho ( energia útil). Entretanto, após a mistura, sendo atingida a uniformidade da temperatura do sistema, embora não tenho havido desaparecimento da energia, não é mais possível convertê-la em trabalho. Vemos, então, que uma parte de energia do sistema tornou-se indisponível. Em outras palavras não podemos usá-la de forma útil.


Para que aquela parte de energia continuasse disponível para  a realização de trabalho, seria necessário que o sistema ( suposto isolado)voltasse espontaneamente ás condições iniciais , isto é , a mistura se separasse nas duas porções quente e fria primitivas, ou seja , o processo que levou à homogeneização da temperatura è irreversível.
            Outro maneira de analisar este processo consiste em observar que o sistema inicialmente encontrava-se em condições mas organizada, isto é de maior ordem , com as moléculas de maior energia cinética média ( água quente) separadas das moléculas de menor energia cinética( água fria). Depois que ocorre a mistura, o sistema torna-se mais desordenado, com as moléculas distribuídas aleatoriamente, havendo uma uniformidade da temperatura.

OUTROS EXEMPLOS.

            Esta irreversibilidade do processo que acabamos de analisar e o aumento da desordem do sistema, que conduzem à indisponibilidade de parte de sua energia, é uma característica de qualquer processo que ocorre na natureza. Por exemplo: um bloco deslizando sobre uma superfície horizontal com atrito, como sabemos, acaba parando e sua energia é toda dissipada em forma de energia térmica do própria bloco e da superfície. Este processo também é irreversível, pois a energia térmica não poderia, espontaneamente voltar a aparecer como energia cinética do bloco como um todo, colocando-o em movimento. Isto é, a energia cinética do bloco como um todo ( ordenada microscopicamente) se distribui, desorganizando-se,em energia cinética das partículas que constituem o sistema ( energia térmica). Também neste caso , a  energia cinética do bloco que poderia ter sido utilizada para realizar um trabalho útil, agora, sob  a forma de energia térmica cinética, perdeu sua capacidade de realizar trabalho, isto é , perdeu sua disponibilidade.

            De maneira geral, ao analisarmos qualquer processo que ocorra na natureza iremos chegar às conclusões (Quando o recipiente é agitado, as bolas diferentes se misturam, este processo conduz a um aumento da desordem do sistema e a continuidade da agitação não levaria o sistema de volta às condições iniciais). Assim, enquanto você caminha, estuda, cresce, se alimenta, dorme, ascende uma lâmpada ou passeia de automóvel, uma certa quantidade de energia estará continuamente tornando-se indisponível para a realização de trabalho, embora a energia total não tenha sido alterada. Costuma-se dizer que a energia se degrada ao se transformar em energia térmica.


Entropia

            Para expressar quantitativamente essas características dos processos irreversíveis, o físico R. Clausius, por volta de 1860, introduziu uma nova grandeza, denominada entropia. Esta grandeza, que é usualmente representada pela letra S, teria um valor que varia quando o sistema passa de um estado para outro. Esta variação,  ΔS, é exatamente o que é importante conhecer e não o valor S da entropia em cada estado pelo qual o sistema passa ( de maneira semelhante ao que ocorre com a energia potencial, da qual só nos interessa a variação).
            Para um sistema que sofre uma transformação isotérmica, em uma temperatura absoluta T , absorvendo ou rejeitando uma quantidade de calor ΔQ, a variação da entropia do sistema é dada por :

                                    ΔS = ΔQ / T   ou    Sf - Si  = ΔQ/ T

            Foi convencionado que quando o sistema recebe calor temos ΔQ > 0 e consequentemente temos , também  ΔS > 0 seja, a entropia do sistema aumenta. Se o sistema rejeita calor, temos  ΔQ< 0 e  ΔS < 0 ( a entropia do sistema diminui).
            Por exemplo , se uma gás sofre uma expansão isotérmica, na temperatura T= 300 K, absorvendo uma quantidade de calor ΔQ = 900 J, a variação de sua entropia seria de
                                   
                                    ΔS= ΔQ/ T = 900/300  ou    ΔS = 3,0 J/K

Isto  é , a entropia do gás aumentou de 3,0 J/K. Se aquela quantidade de calor tivesse sido retirada do gás, teríamos ΔS = -3,0 J/K, o que significa que a sua entropia teria diminuído de 3,0 J/K.

Princípio de aumento da entropia

            Consideremos um sistema que sofra um processo irreversível qualquer. Neste processo, em geral m este sistema interage com a vizinhança e ambos sofrerão variações de entropia. Seja  ΔS, a variação da entropia do sistema e  ΔSv  a da vizinhança. A variação total de entropia,  ΔSp ocorrida no processo seria evidentemente
                                                                ΔSt  = ΔSs + ΔSv


            Observando os fenômenos que ocorrem na natureza ( fenômenos irreversível)m foi possível concluir que nesses processo a entropia total sempre aumenta , isto é temos seguramente  ΔSt >0. Portanto, a entropia , ao contrário de outras grandezas, tais como a energia , o momentum etc. não se caracteriza por uma lei de conservação, mas por um principio de aumento, denominado Principio de Aumento da Entropia.


A “ morte térmica “ do universo

            Qual seria o significado do aumento de entropia que acompanha todo e qualquer processo que ocorre na natureza?
            O próprio Clausius já havia mostrado que este aumento de entropia está relacionado com o  aumento da desordem do sistema e com a perda da oportunidade de converter energia em trabalho. De fato, é possível mostrar que, quanto maior for o aumento total de entropia   ΔSp  que ocorrer em um processo, maior é a quantidade de energia  ΔE que se torna indisponível para ser convertida em energia útil , embora a energia total envolvida no processo permaneça constante. Portanto, como havíamos dito, a entropia é uma grandeza apropriada para caracterizar o grau de desordem e de degradação da energia envolvidos nos processos irreversíveis e podemos destacar.

            A tendência de todos os processos naturais, tais como fluxo de calor, mistura, difusão etc. é de acarretar uma uniformidade de temperatura, pressão, composição etc. em todos os pontos dos sistemas que participam dos processos. Em cada um desses processos há um aumento de entropia e um aumento na indisponibilidade da energia. Podemos, então, visualizar um momento, em uma futura distante, no qual todo ao universo terá atingido um  não tenha havido nenhuma alteração no valor da energia total do universo, todos os processos físico, químicos e biológicos terão cessado. Este fim para o qual parecemos caminhar é comumente como a morte térmica do universo
            Estas ideias , que pareciam ser uma consequência inevitável do estabelecimento das leis da termodinâmica, deste quando foram estabelecida têm despertado grande interesse, até mesmo popular ,e já foram usadas como tema em diversas obras literárias.
           
Fonte: Luiz,Antônio Máximo Ribeiro da,Beatriz Alvarenga Álvares, Física 1 vol 2- São Paulo;Scpione,2006


SADI CARNOT (1796-1832)

SADI CARNOT (1796-1832)


            Físico e engenheiro do exército francês, mais conhecido por seu estudo sobre as condições ideais para a produção de energia mecânica, a partir do calor, nas máquinas térmicas, Apesar de importância deste estudo no desenvolvimento da ciência da Termodinâmica, ele foi inicialmente ignorado, talvez em virtude de liderança da Inglaterra na tecnologia das máquinas a vapor. Não era, portanto, esperado que um trabalho deste culto surgisse da França. Trabalhando com as ideias da teoria do calórico. Carnot comparava o funcionamento de uma máquina térmica, que está relacionado com a “queda” de calor da fonte quente para a fonte fria, ao trabalho que é realizado pela água ao cair entre pontos de alturas diferentes, Embora essas ideias estejam atualmente ultrapassadas, muitos dos resultados obtidos através delas são validos ainda hoje, sobretudo sua previsão de que o rendimento de uma máquina ideal depende apenas das temperaturas da fonte quente e da fonte fria, não sendo influenciado para substância ( vapor ou outro fluido qualquer) usada no mecanismo. O reconhecimento deste grande trabalho ocorreu quando Clausius, na Alemanha, e Kelvin, na Inglaterra, desenvolveram a moderna teoria da Termodinâmica, Incorporando nela as ideias  de Carnot. Interessado na melhoria, da educação pública, Sadi Carnot ainda jovem, aos 36 anos de idade, durante uma epidemia de cólera em Paris.

sábado, 13 de setembro de 2014

A 2ª LEI DA TERMODINÂMICA


Podemos concluir que, se Q2=0, isto é , se a máquina térmica, ao realizar um ciclo, não rejeitasse nenhum calor para a fonte fria, seu rendimento seria R = 1 ( ou  R = 100%). Portando, ima máquina como esta transformaria em trabalho todo o calor absorvido da fonte quente.
            Entretanto, observando o comportamento das máquinas térmicas durante muito anos, os cientistas perceberam que é impossível construir uma máquina como esta ( com R = 100%). Em outras palavras, qualquer dispositivo existente na natureza. Ao efetuar um ciclo que ele absorve de uma fonte quente. Para completar o ciclo, o dispositivo deverá sempre rejeitar parte do calor absorvido para uma fonte fria, isto é, tem-se sempre, em qualquer máquina térmica, Q2#0.
            Esta conclusão constitui uma das leis fundamentais da natureza denominada 2ª lei da Termodinâmica, que foi enunciada por Kelvin, da seguinte maneira.

            É IMPOSSÍVEL CONSTRUIR UMA MÁQUINA TÉRMICA QUE OPERANDO EM CICLO , TRANSFORME EM TRABALHO TODO O CALOR E ELA FORNECIDO.

            Desta maneira, o rendimento de qualquer máquina térmica é inferior a 100%. Na realidade, os rendimentos das máquinas térmicas mais comumente usadas estão situados muito abaixo deste limite. Por exemplo: nas locomotivas a vapor o rendimento é cerca de apenas 10% , nos motores a gasolina nunca ultrapassa 30% e nos motores a diesel , que estão entre as máquinas mais eficientes, o rendimento situa-se em torno de 40%.

Fonte: Luiz,Antônio Máximo Ribeiro da,Beatriz Alvarenga Álvares, Física 1 vol 2- São Paulo; Scpione,2006


terça-feira, 12 de agosto de 2014

O MOTOR DE EXPLOSÃO


O MOTOR DE EXPLOSÃO

            No decorrer do século XX , foram inventados vários outros tipos de máquinas térmicas , destacando-se elas os motores de explosão , as turbinas a vapor, os motores a jato etc.
            Em particular, os motores de explosão tornaram-se muito conhecidos em virtude se seu uso nos automóveis. O motor de explosão da quatro tempos, assim denominado porque seu funcionamento se faz em quatro etapas: o cilindro possui uma válvula d admissão, uma de escapamento e uma vela que é um dispositivo destinado a produzir uma centelha ( que provoca a ignição ou explosão) no momento oportuno. A mistura explosiva, constituída de gasolina e ar, formando no carburador, chega à camará, chamada de explosão , através da válvula , que é governada por um sistema de alavancas.
            -No primeiro tempo, denominado admissão , a válvula se abre , permitindo a entrada da mistura explosiva, enquanto o pistom desce no cilindro.
            -No segundo tempo, denominado compressão,  a mistura é comprimida na câmera  e sua temperatura se eleva. Neste tempo , as válvulas permanecem fechadas.
            -No terceiro tempo, denominado explosão e expansão,  a vela produz uma centelha elétrica , causando a ignição da mistura explosiva. Este é o único tempo no qual há produção de um trabalho efetivo, pois os gases quentes da combustão, por sua alta pressão, façam o pistom descer, comunicando movimento de rotação a uma roda a ele acoplada.
            -No quarto tempo,. Denominado exaustão ou escapamento, a válvulas se abre, permitindo o escape dos gases através do tubo( cano de descarga) enquanto o piston sobe no cilindro. Fechando-se a válvula, uma nova descida do pistom e abertura da válvula ( primeiro tempo) são início a outro ciclo.

            Analisando as máquinas térmicas, verificamos que existem alguns aspectos comunas ao funcionamento de todas elas, De fato, todas operam em ciclo , isto é. Retornam periodicamente às condições iniciais e cada ciclo pode ser representado, esquematicamente. A máquina retira uma certa quantidade de calor Q1 de um corpo aquecido, denominado  fonte quente( pro exemplo, no caso da máquina de Watt, a fonte quente é a fornalha eu aquece a água da caldeira) . A maquina utiliza parte deste calor para realize um trabalho T e rejeita uma quantidade de calor Q2  para a fonte fria. Na máquina de Watt. Por exemplo, este calor Q2 é transportado pelo vapor que sai ainda aquecido do cilindro e é liberado no condensador , o qual representa a fonte fria desta máquina.
            Denomina-se  rendimento, R,  de uma máquina térmica a relação entre o trabalho ,T, que ela realiza em cada ciclo,e o calor , Q1,  absorvido, durante o ciclo,da fonte quente, isto é,
                                                            R = T/Q1
            Logo, o rendimento de uma máquina térmica será tanto maior quanto maior for o trabalho que ela realiza, para uma determinada quantidade de calor absorvido. Assim, se o rendimento de uma máquina for R = 0,50( ou R= 50%), isto significa que esta máquina transforma em trabalho a metade do calor que ela recebe da fonte quente.
            Temos claramente, peça conservação da energia, que Q1= T + Q2 ou T= Q1-Q2. Então, podemos expressar o rendimento de uma máquina térmica da seguinte maneira;


                                                            R= T/Q1 = Q1-Q2/Q1 ou   R = 1 – Q2/Q1


Fonte: Luiz,Antônio Máximo Ribeiro da,Beatriz Alvarenga Álvares, Física 1 vol 2- São Paulo;Scpione,2006



quinta-feira, 10 de julho de 2014

MÁQUINAS TÉRMICAS – A SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

MÁQUINAS TÉRMICAS – A SEGUNDA LEI  DA TERMODINÂMICA

            O que é uma máquina térmica: Os cientistas conseguiram estabelecer definitivamente que p calor é uma forma de energia. Entretanto, sabia-se, desde a Antiguidade, que o calor podia ser usado para produzir vapor e este era capaz de realizar um trabalho mecânico, Esta ideia foi usada pelo inventor grego Heron, que no século I d.C. construiu o dispositivo a vapor formado pelo aquecimento da água, ao escapar pelos orifícios , colocava em rotação um esfera de metal.
            Em linguagem moderna, dizemos que este aparelho de Heron  é uma máquina térmica, isto é , uma dispositivo que transforma calor em trabalho mecânico, Entretanto,a máquina de Heron não foi usada com objetivo prático, para produzir grandes quantidades de energia mecânica, Somente no século XVIII vieram a ser construídas as primeiras máquinas térmicas capazes de realizar trabalho em escala industrial.

A  MÁQUINA DE WATT

            As primeiras máquinas térmicas, inventadas no século XVIII, além de bastante precárias, apresentavam rendimentos muito baixo, isto é , consumiam grande quantidade de combustível para produzir um trabalho relativamente pequeno.
            Por volta de 1770, o inventor escocês James Watt apresentou um novo modelo de máquina térmica que veio substituir, com enormes vantagens, as máquinas existentes. O vapor formado na caldeira a alta pressão penetra no cilindro através da válvula A, que está aberta ( neste momento ,a válvula B está fechada). O pistom é , então empurrado pelo vapor, colocado em rotação uma roda a ele acoplada. Quando o pistom se aproxima da extremidade do cilindro, a válvula A é fechada e B é aberta, permitindo o escapamento do vapor para o condensador, o qual PE continuamente resfriado por um jato de água fria, Assim , o vapor se condensa, ocasionando um queda de pressão no interior do cilindro, fazendo com que o pistom retorne à sua posição inicial. A válvula B é , então fechada , enquanto A é aberta, permitindo nova admissão de vapor no cilindro ,repetindo-se o ciclo. Desta maneira, a roda acoplada ao pistom se manterá continuamente em rotação.

            A máquina de Watt foi inicialmente empregada para movimentar moinhos e acionar as bombas que retiravam água de minas subterrâneas e, posteriormente, nas locomotivas e barcos a vapor. Além disso, a máquina a vapor passou a ser amplamente usada nas fábricas para acionar os mais diversos dispositivos industriais, dando origem a um grande surto de desenvolvimento nesta área, sendo, por isso, considerada como um dos fatores que provocaram a chamada Revolução Industrial no século passado.

sábado, 5 de julho de 2014

1ª LEI DA TERMODINÂMICA ( CONSERVAÇÃO DA ENERGIA)


1ª LEI DA TERMODINÂMICA ( CONSERVAÇÃO DA ENERGIA)

            Quando uma quantidade de calor Q é absorvida ( Q positivo) ou  cedida ( Q negativo) por um sistema e um trabalho T é realizado por este sistema ( T positivo ) ou sobre ele ( T negativo), a variação da energia interna, ΔU, do sistema é dada por


                                               ΔU= Q - T

CALOR ESPECÍFICO E TEMPERATURA AMBIENTE


Calor específico e temperatura ambiente

                Quanto maior o calor específico de uma substância, menos ela se aquece ao receber certa quantidade de calor. A água é uma das substâncias que apresentação calor específico de valor mais elevado. Por essa razão, certa massa de água ( logo, rio, piscina etc.),ao receber calor do Sol, sofre  pequenas variações em sua temperatura, em comparação com outros objetos situados em sua vizinhança. Ainda pelo mesmo motivo, quando a Sol se põe, isto é, quando a água e os outros objetos liberam calor para o ambiente , o resfriamento da água é muito mais lento que o daqueles objetos, assim, é fácil entender por que é tão agradável mergulhado na água num dia muito quente.
                Por outro lado, como a areia tem um calor específico muito pequeno, ela se aquece e se resfria com facilidade. Por isso, nos desertos, embora os dias sejam excessivamente quentes, as noites costumam apresentar temperaturas muito baixas.

Fonte: Luiz,Antônio Máximo Ribeiro da,Beatriz Alvarenga Álvares, Física 1 vol 2- São Paulo;Scpione,2006


AS CORRENTES DE CONVECÇÃO



As correntes de convecção

                Atmosferas, ao se moveram para cima ( ar mais quentes),costumam ser aproveitadas por alguns pássaros,aviões planadores(sem motor) e asas-deltas para ganharem altura, planando em seguida (perdendo altitude), até encontrarem outra corrente de convecção ascendente. Desta maneira, estes dispositivos conseguem percorrer enormes distancias m sem consumo de combustível próprio.


Conde Rumford( 1753 – 1814)



Conde Rumford( 1753 – 1814)


                Engenheiro americano que ,sendo leal à coroa britânica durante a revolução de Independência Americana, viu obrigado a se exilar na Inglaterra, onde trabalhou como alto funcionário do governo. Após se sagrado cavalheiro pelo Rei George III, recebeu permissão para trabalhar em uma fábrica de armas Munique. Nessa ocasião , ele iniciou estudos que o levara a questionar a teoria do calórico, lançando as bases da moderna teoria do calor como uma forma de energia.

terça-feira, 29 de abril de 2014

UM VALOR NUMÉRICO PARA A VELOCIDADE DE UMA MOLÉCULA

No início do século XIX, o físico inglês Hohn Herapath, retomando a linha definida por Bernoulli, conseguiu estabelecer a seguinte relação matemática entre a pressão, p , de um gás, sua densidade , p, e a velocidade média, v ,de suas moléculas:

P = 1/3ρ v2        
                Esta equação foi apresentada, em nosso texto, sob a forma equivalente p = (1/3)( N/V) mv2  e representa um resultado muito importante. Ela permitiu a Herapath determinar a velocidade média de um gás, uma vez que os valores de  p e ρ podem ser obtidos experimentalmente. Para as moléculas do ar, por exemplo, Herapath obteve uma velocidade média de cerca de 300 m/s. Assim, pela primeira vez na historia da Física, foi obtida um valor numerico relacionado co a estrutura molecular da matéria.

                De modo semelhante ao que ocorreu com Bernoulli , o trabalho de Herapath não teve aceitação no meio científico da época , sendo sua publicação rejeitada pela Real Academia de Ciência de Londres.

DANIEL BERNOULLI E A TEORIA CINÉTICA


Daniel Bernoulli (1700-1782)
                Membro de uma família de matemáticos físicos suíços . Foi professor de matemática na Academia de Ciência da Rússia e , mais tarde, retornando à Suíça, lecionou Botânica. Anatomia e Física. Além de suas contribuições para o desenvolvimento da Teoria Cinética dos Gases, publicou um tratado sobre as marés Entretanto, seu trabalho de maior vulto foi realizado no campo da Hidrodinâmica ( estudo do escoamento dos fluídos).

DANIEL BERNOULLI E A TEORIA CINÉTICA

                Bernoulli. Baseado-se nos  estudos de Hook, admitiu que a pressão  de um gás deveria ser simplesmente o resultado das colisões dos átomos  ou moléculas contra as paredes do recipiente . Como esta hipótese, ele conseguiu facilmente i,a explicação para lei Boyle: reduzindo-se à metade o volume de um gás sua densidade duplica. Então , teremos um número de molécula duas vezes maior colidindo por segundo contra as paredes do recipiente , isto é , a pressão do gás se tronará duas vezes maior. Além disso, Bernoulli conseguiu mostrar matematicamente que a pressão do gás é proporcional ao quadrado da velocidade média das moléculas.
                Apesar da importância do trabalho de Bernoulli, que parece ter sido o primeiro passo na evolução matemática da moderna Teoria Cinética dos Gases, ele dói completamente ignorado pelos outros cientistas do século XVIII. Isto ocorreu, provavelmente, porque Newton havia sugerido um outro modelo para um gás com ao qual ele conseguia, também, explica a lei de Boyle: segundo Newton. Um gás seria constituído por partículas, em repouso, que se repeliam com forças inversamente proporcionais à distância entre elas. Devido ao grande prestígio que Newton desfrutava na época, os cientistas aceitação, praticamente se contestação qualquer idéias que houvesse sido proposta por ele.              

domingo, 16 de fevereiro de 2014

DANIEL BENOULLI E A TEORIA CINÉTICA




DANIEL BENOULLI E A TEORIA CINÉTICA

                Bernoulli, baseando-se nos estudos de Hooke, admitia que a pressão de um gás deveria ser simplesmente o resultado das colisões dos átomos ou moléculas contra as paredes do recipiente. Com esta hipótese, ele conseguiu facilmente um explicação para a lei de Boyle: reduzindo-se à metade o volume de um gás, sua densidade duplica. Então , teremos um número de moléculas duas vezes maior colidindo por segundo contra as paredes do recipientes, isto é , a pressão do gás se tornará duas vezes maior. Além   disso, Bernoulli conseguiu mostrar matematicamente que a pressão do gás é proporcional ao quadrado da velocidade média das moléculas.
                Apesar da importância do trabalho de Bernoulli, que parece ter sido o primeiro passo na evolução matemática da moderna Teoria Cinética do Gases, ele foi, provavelmente , porque Newton havia sugerido um outro modelo para um gás, com o qual ele conseguia, também, explicar a lei de Boyle: segundo,Newton, um gás seria constituído por partículas entre elas. Devido ao grande prestigio que Newton desfruta na época, os cientistas aceitavam praticamente sem contestação qualquer idéia que houvesse sido proposta por ele.

Daniel Bermoulti ( 1700- 1782)




Daniel Bermoulti ( 1700- 1782)
                                                                                                                                            
         Membro de uma famosa família de matemático e físico suíços. Foi professor de Matemática na Academia de Ciência da Rússia e, mais tarde, retornando à Suíça, lecionou Botânica, Anatomia e Física, Além, de suas contribuição  para o desenvolvimento da Teoria Cinética do Gases, publicou um tratado sobre as marés Entretanto , seu trabalho de maior vulto foi realizado no campo da hidrodinâmica ( estudo  do escoamento dos fluídos).

A EVOLUÇÃO DO MODELO MOLECULAR DA MATÉRIA



As Primeira idéia

                No século  V a. C, o filosofo grego Leucipo lançou a ideia de que toda a matéria existente no Universo seria  constituída de pequenas partículas, indivisíveis e idênticas entre si. Estas partículas foram denominadas “átomo”, palavra grega que significa “indivisível”. Esta foi ampliada e divulgada, ainda naquela século, por outro filósofo grego, Demócrito, cujo trabalho foi bem-aceito entre os pensadores dos séculos seguintes.
                A descrição mais completa desta primeira hipótese sobre constituição atômica da matéria é encontrada na obra do poeta romano Lucrécio , que viveu no século I a. C. É interessante observar que muitas das idéias dos filósofos gregos prevalecem ainda hoje, com algumas modificações conceituais na teoria atômica moderna.
                Com o advento da Idade Média, as especulações dobre a constituição  atômica da matéria sofreram um declínio, acompanhado a decadência geral observada no pensamento científica do mundo ocidental durante aquela fase da História da Civilização.
                Por acasião do Renascimento, época em que ressurgiram as grandes correntes de pensamento cultural , as idéias da teoria atômica foram retomadas e desenvolvidas por vários cientistas que viveram naquele período. Entre os físicos da época , que aceitavam  como verdadeira a hipótese de existência dos átomos, podemos citar Galileu, Newton, Boyle, Hyghens,Hooke etc.
                R.Hooke chegou mesmo a propor uma teoria , na qual ele procurava explicar algumas propriedades dos gases como sendo devidas ao movimento e às colisões dos átomos que constituíam estes gases, Assim, Hooke estava lançando as primeiras idéias da Teoria Cinética dos Gases. Entretanto, como Hooke não possuía suficiente habilidade matemática, ele não conseguiu desenvolver adequadamente sua teoria. Somente em meados do séculos XVIII o grande físico e matemática Bernoulli deu início a este desenvolvimento.

Daniel Bermoulli (1700-1782)
                Membro de uma família de matemáticos físicos suíços . Foi professor de matemática na Academia de Ciência da Rússia e , mais tarde, retornando à Suíça, lecionou Botânica. Anatomia e Física. Além de suas contribuições para o desenvolvimento da Teoria Cinética dos Gases, publicou um tratado sobre as marés Entretanto, seu trabalho de maior vulto foi realizado no campo da Hidrodinâmca ( estudo do escoamento dos fluídos).

DANIEL BERNOULLI E A TEORIA CINÉTICA

                Bernoulli. Baseado-se nos  estudos de Hook, admitiu que a pressão  de um gás deveria ser simplesmente o resultado das colisões dos átomos  ou moléculas contra as paredes do recipiente . Como esta hipótese, ele conseguiu facilmente i,a explicação para lei Boyle: reduzindo-se à metade o volume de um gás sua densidade duplica. Então , teremos um número de molécula duas vezes maior colidindo por segundo contra as paredes do recipiente , isto é , a pressão do gás se tronará duas vezes maior. Além disso, Bernoulli conseguiu mostrar matematicamente que a pressão do gás é proporcional ao quadrado da velocidade média das moléculas.
                Apesar da importância do trabalho de Bernoulli, que parece ter sido o primeiro passo na evolução matemática da moderna Teoria Cinética dos Gases, ele dói completamente ignorado pelos outros cientistas do século XVIII. Isto ocorreu, provavelmente, porque Newton havia sugerido um outro modelo para um gás com ao qual ele conseguia, também, explica a lei de Boyle: segundo Newton. Um gás seria constituído por partículas, em repouso, que se repeliam com forças inversamente proporcionais à distância entre elas. Devido ao grande prestígio que Newton desfrutava na época, os cientistas aceitação, praticamente se contestação qualquer idéia que houvesse sido proposta por ele.


UM VALOR NUMÉRICO PARA A VELOCIDADE DE UMA MOLÉCULA

                No início do século XIX, o físico inglês Hohn Herapath, retomando a linha definida por Bernoulli, conseguiu estabelecer a seguinte relação matemática entre a pressão, p , de um gás, sua densidade , p, e a velocidade média, v ,de suas moléculas:

P = 1/3ρ v2        
                Esta equação foi apresentada, em nosso texto, sob a forma equivalente p = (1/3)( N/V) mv2  e representa um resultado muito importante. Ela permitiu a Herapath determinar a velocidade média de um gás, uma vez que os valores de  p e ρ podem ser obtidos experimentalmente. Para as moléculas do ar, por exemplo, Herapath obteve uma velocidade média de cerca de 300 m/s. Assim, pela primeira vez na historia da Física, foi obtida um valor numérico relacionado co a estrutura molecular da matéria.
                De modo semelhante ao que ocorreu com Bernoulli , o trabalho de Herapath não teve aceitação no meio científico da época , sendo sua publicação rejeitada pela Real Academia de Ciência de Londres.



A TEORIA CINÉTICA ADQUIRE SUA ESTRUTURA DEFINITIVA

                Poucos anos mais tarde , em 1848, o grande físico Joule, reconhecendo o valor do trabalho de Herapath, tentou reviver as ideias básicas da Teoria Cinética. Inicialmente, seu esforço não foi bem-sucedido, mas, talvez em virtude do prestígio de Joule, não demoru muito para que outros cientistas de renome passassem a ser interessar pelos estudos de teoria molecular. Foi assim que, em 1856, o brilhante físico almeão, R. Clausius , publicou em trabalho no qual ele apresentava a teoria Cinética com uma estrutura praticamente igual aquela aceita atualmente. No final do século XIX, Maxwell( na Inglaterra) e Boltzmann ( na Áustria)  apresentaram trabalhos complementando a teoria com detalhados  desenvolvimentos matemáticos.
                Apesar de, com estes trabalhos, a Teoria Cinética dos Gases se encontrar quase totalmente estruturada, um elevado números de grandes cientistas, no início do século XIXm ainda se mostravam de descrentes com relação `a hipótese da constituição atômico-molecular da matéria. Em outras palavras, eles se recusavam a aceitar que os corpos fossem constituídos por átomos ou moléculas em movimento caótico constante, como propunham os adeptos da Teoria  Cinética.  A comprovação direta da realidade dos átomos e moléculas só veio a ser concretizada como o trabalho de Einstein sobre o “movimento browniano”, publicado em 1905.


O MOVIMENTO BROWNIANO

                Este fenômeno, observado pela primeira vez pelo botânico inglês Robert Brown, é assim denominado em homenagem a ele. Brown observou que pequenas partículas ( grãos de pólem) em suspensão no interior de um líquido, observadas ao microscópio, apresentavam um movimento constante e inteiramente irregular, mudando sucessivamente de direção. Inicialmente, ele pensou que o movimento existia por tratar-se de organismo vivos. Mais tarde , esta ideia teve de ser abonada, pois constatou-se que o movimento continuava, sem interrupção, durante meses seguidos e, além disso, o mesmo fenômeno podia ser observado com partículas inorgânicas em suspensão.
                Passaram-se muitos anos sem que se encontrasse uma explicação adequada para o movimento browniano, Um estudo completo e uma análise matemática deste movimento só vieram a ser desenvolvidos no trabalho mencionado anteriormente, apresentado por Einstein, no início do século XIX.
                Einstein, que acreditava ser a matéria realmente constituída de átomo e moléculas em constante movimento, estava procurando um fenômeno que tornasse evidente a existência destas partículas. Este propunha, então, a seguinte explicação para o movimento browniano: estando uma partícula em suspensão no líquido, ela recebe, simultaneamente, os impactos de um número muito grande de moléculas do líquido que, de acordo com a Teoria Cinética, encontram-se em movimento constante e caótico. Eventualmente, a partícula pode receber um maior número de impactos de um lado do que , e isto, evidentemente, provoca um deslocamento desta partícula ( que é visível ao microscópio). Logo em, seguida, a direção em que há predominância das colisões moleculares se modifica e, então, a partícula passa a se deslocar em uma direção diferente. Portanto, segundo Einstein, o movimento browniano seria uma consequência direta do movimento caótico das moléculas das moléculas do líquido.


CONFIRMAÇÃO EXPERIMENTAL DAS IDÉIAS DE EINSTEIN

                Desenvolvendo uma análise matemática cuidadosa do fenômeno, Einstein deduziu equações através das quais ele conseguiu fazer diversas previsões , tais como : o deslocamento das partículas em movimento browniano deve aumentar como o aumento da temperatura, deve ser tanto maior quanto menor for a partícula, deve ser tanto menor quanto maior dor a viscosidade do líquido etc. Ao publicar o seu trabalho, Einstein conclamou os físicos experimentais a verificarem, em seus laboratórios, se suas previsões teorias estavam corretas.
                O cientista francês, Jean Perrin, em 1908, observando partículas em movimento browniano e realizando experiências sofisticadas e medidas bastante precisas, conseguiu com grande sucesso comprovar todas as previsões feitas por Einstein. No decorrer de seu trabalho, usando as equações deduzidas por Einstein, foi possível a Perrin determinar o valor do número de Avogadro.

                A confirmação experimental da teoria de Einstein sobre o movimento browniano, evidenciando de maneira incontestável a constituição atômica e molecular da matéria, teve enorme repercussão no meio científico da época. A partir de então todos os cientistas, mesmo aqueles mais descrentes, convenceram-se definitivamente da realidade dos átomos e moléculas

Fonte: Luiz,Antônio Máximo Ribeiro da,Beatriz Alvarenga Álvares, Física 1 vol 2- São Paulo;Scpione,2006